quinta-feira, 27 de outubro de 2011

América Latina - Populismo Leonardo

América Latina - Populismo.



A crise de 1929 afetou a economia agro-exportadora da América Latina, a oligarquia no poder não conseguia conter a crise, precisava de um Estado forte que controlasse a economia, organizasse a industrialização, tivesse domínio das revoltas e movimentações trabalhistas.
 Havia na América, desde a Revolução Russa, grande movimentação dos partidos de esquerda, de idéias marxistas que estimulavam os trabalhadores a realizarem greves, reivindicar a industrialização e o fim do poder nas mãos dos representantes das elites rurais.
Alguns setores das elites no poder apoiaram a ascensão de governantes de caráter populista para conter a crise e buscar um maior desenvolvimento industrial.
O Estado Populista governava através dos interesses de uma elite dominante.O Populismo era a favor de uma maior industrialização, mas com a intervenção do Estado na economia através de obras públicas, empresas estatais, incentivos à burguesia industrial nacional .
Os governos populistas buscavam ganhar a confiança da massa trabalhadora através da propaganda e da criação de leis sociais e trabalhistas, colocando-as em prática;Uma característica importantíssima dos governos populistas foi a inexistência de projetos pela reforma agrária.
O Estado Populista era paternalista, ou seja, guiava os movimentos sociais e as reivindicações trabalhistas mostrando que era capaz de satisfazê-los, criando na classe trabalhadora uma enorme confiança nas ações do governo e diminuindo as revoltas sindicais.
Alem disso o populismo tinha um grande controle da economia.Esses aspectos do populismo podem parecer negativos, mas muitos estudiosos concordam que esse sistema de governo trouxe grandes progressos, principalmente no que se refere ao nacionalismo comum ao Estado Populista. Nacionalismo que impedia as privatizações e a exploração exagerada das multinacionais que, após a Segunda Guerra, vieram com força total para a América do Sul. Nesse exemplo destaca-se o governo de Getúlio Vargas que foi uma pedra no sapato da política externa estadunidense.
O Populismo também foi um atraso para a burguesia latino-americana chamada de associada, pois alinhava seus interesses aos interesses das grandes corporações internacionais.O Populismo teve sua atuação entre as décadas de 1930 e 1960, seus principais representantes foram Getúlio Vargas no Brasil (1930-1945 e 1951-1954), Juan Perón na Argentina (1946-1955 e 1973-1974) e Lázaro Cárdenas no México (1934-1940).

América Latina - Militarismo e Ditadura - Tariani dos Santos nº 09

Modernização da América Latina



 

As guerras mundiais ocorreram por ocasião do rompimento do padrão econômico de exportação de produtos primários e importação de manufaturados. Foi então que os países fornecedores começaram a necessitar de produtos primários da América Latina. Isso forçou uma reorientação das economias latino-americanas no sentido da industrialização, ocorrendo, então, o esgotamento do modelo primário-exportador e a implantação da industrialização substitutiva de importações. Passou-se a produzir internamente o que era importado e desenvolveu-se uma indústria de bens de consumo. Foi a partir da pós-2ªGM, que se implantaram as indústrias de base que consolidariam a industrialização latino-americana.
 
Militarismo e Ditadura


Os militares executaram golpes de Estado para "extinguir a corrupção, a inflação e acabar com a agitação comunista". Quando os militares assumiram o poder contavam com o apoio velado ou explícito do governo dos EUA. Esperavam que o Estado patrocinasse e realizasse as tão almejadas mudanças para a solução das crises do país. Esse poder militar durou de 1960 à 1980.
  • Argentina


Em 1946, iniciou um período em que o país foi considerado em boa situação econômica, com a balança de comercio favorável e estava na presidência argentina Juan Domingo Perón, Tempos depois, enquanto a Europa se recuperava da 2ª GM, a economia argentina se retraía resultando em desemprego e inflação, principalmente em 1952.

Perón apoiava-se na Igreja, mas após 1952, esta organizava seu Partido Democrático Cristão de oposição ao governo peronista, sendo que já existiam junções com as Forças Armadas. Em 1955,  Perón sofreu uma tentativa de golpe de Estado e a continuidade da crise levou-o a deposição do governo.
  • Guatemala

O país sofreu grande instabilidade política, sendo o poder alternado por militares e civis., tendo como principal governo o de Jacobo Arbenz, que iniciou uma reforma agrária em terras norte-americanas. Estas o acusava de ser comunista. Ocorre a intervenção da CIA e Arbenz é deposto.
  • Bolívia 
Em 1951, Vítor Paz Estenssoro foi eleito presidente da República, mas não pode assumir, pois o presidente antecessor passou o poder a uma junta militar. Em 1952 Estenssoro sobe ao poder, governa de 1952 a 1956, depois de 1960 a 1964 e por fim, de 1985 a 1989. Em seu mandato, tinha por objetivos implantar as reformas econômica, agrária e educacional, voto universal para maiores de 21 anos e a monopolização do estanho. Os governos militares na Bolívia se estenderam até 1982, quando iniciou-se a redemocratização.

  • Chile
O governo de Eduardo Frei foi marcado por grandes reformas no campo educacional, agrário, social e econômico, com forte oposição de esquerda. A eleição presidencial de 1970 elegeu Salvador Allende, fundador do Partido Socialista Chileno, derrotado nas eleições de 1952,1958 e 1964. Tinha por objetivos a política de redistribuição de renda, nacionalização d indústria, ampliação e expansão da reforma agrária e a aproximação econômica e diplomática com os países socialistas. O general Carlos Prats renuncia, passando o comando ao general Augusto Pinochet que intervém depondo o governo de Allende. A ditadura de Pinochet foi responsável por mais de 50 mil mortes e desaparecidos, pela abertura da economia e a oposiçaõ do governo aumentou. Pinochet falece em 2006.

  • El Salvador 
É um país de predomínio de governos militares, alguns deles favoráveis a algumas mudanças sociais e econômicas, porém sempre enfrentando as oligarquias. A ditadura instalada em  1960 provocou um radicalismo político e a guerra civil entre 1980 e 1992. A ONU interveio, e apenas assim, o grupo guerrilheiro Farabundo Martí para a Libertação Nacional (FMLN) e o governo iniciaram as negociações.  A guerra acabou em 1979.

  • Honduras
O Exército hondurenho depôs o presidente Ramón Villedas em  1963, porém não foi o fim do governo militar, pois foi seguido de golpes e governos militares até 1981.

  • Panamá
Tornou-se independente da Colômbia em 1903 e sua República era instável com eleições fraudadas e golpes constantes. Em 1968, uma junta militar liderada pelo comandante Omar Torrijos, assume o poder instalando uma ditadura no país. Torrijos morre em 1981 e o general Manoel Antonio Noriega, ligado ao narcotráfico, governa até 1989, quando é preso pelas forças americanas, marcando o fim da ditadura militar no país.


  • Peru
O golpe militar no Peru ocorreu em 1968, sob comando do general Juan Velasco Alvarado. Este governo iniciou com uma série de reformas que não resultou nas metas pretendidas sendo substituído em 1975. Em 1980, iniciou-se um de redemocratização.

  • Uruguai

A situação econômica provou na década de 1960, com a escassez de energia e diminuição das exportações provocando a emigração dos jovens. O golpe militar ocorreu em 1973 por motivos de crise econômica e a oposição ao governo. Os presidentes de 1973 e 1985 foram indicados pelas Forças Armadas.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Republica Brasileira (1961-1964) - Larissa

           O governo de Jânio Quadros representou grandes partidos diferentes, com destaque a UDN. Em seu discurso de posse deu ênfase a ineficiência governamental e a crise financeira, pode se considerar que Jânio Quadros era um líder carismático das massas. Em suas campanhas prometia “varrer” a corrupção do Brasil.
            Para superar o problema da inflação e os déficits em maio e junho de 1961 anunciou que havia conseguido empréstimo, durante seu mandato foi proibido o uso de lança-perfumes no carnaval, biquínis nas praias e brigas de galo. Uma série de reformas foram feitas, entre as quais se destacava uma radical reforma agrária que afetou interesses estrangeiros em Cuba. Quando assumiu a presidência Jânio elaborou com o ministro das Relações Exteriores uma “política externas independente” que significava o não reconhecimento das “fronteiras ideológicas”, politica que visava abrir novos mercados para nossos produtos nos países socialistas. Porém um grande alvoroço tomou conta do governo quando ele decidiu condecorar o líder revolucionário cubano Che Guevara, considerando assim um claro alinhamento com o bloco socialista o que causou grandes críticas ao seu governo. Dias depois anunciava sua renuncia dizendo “forças terríveis” tramavam contra seu mandato. A renúncia está associada á frustração de tais intenções. Jânio sucedera Juscelino Kubitschek, mas neste período havia um grande crescimento graças a politica econômica desenvolvimentista, esse crescimento ocasionou efeitos negativos, por exemplo, um grave processo inflacionário e mais concentração setorial, social e regional. O crescimento econômico estava também associado a gastos não plenamente justificados.
Um trecho da carta-renuncia de Jânio Quadros
“Desejei um Brasil para brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia... Saio com um grande agradecimento, um apelo. Um agradecimento que é aos companheiros que, comigo lutaram“.
Na qualidade de presidente da Câmara dos Deputados, conforme previa a Constituição vigente, Ranieri Mazzilli assumiu a presidência da República em 25 de agosto de 1961, em virtude da renúncia de Jânio Quadros e da ausência do vice-presidente João Goulart, que se encontrava em missão na China. Nessa ocasião, os ministros militares do governo Jânio - general Odílio Denys, da Guerra; brigadeiro Grün Moss, da Aeronáutica; e almirante Sílvio Heck, da Marinha - formaram uma junta militar que tentou impedir, sem sucesso, a posse de João Goulart, abrindo-se uma grave crise político-militar no país. A solução para o impasse foi à aprovação pelo Congresso, em dois de setembro, de uma emenda à Carta de 1946, instaurando o regime parlamentarista de governo. João Goulart assumiu, então, a presidência em sete de setembro de 1961.
            Em dois de abril de 1964, o presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzilli, assumiu mais uma vez, a presidência da República, por ocasião do golpe político-militar que depôs o presidente João Goulart. Apesar disso, o poder de fato passou a ser exercido por uma junta, autodenominada Comando Supremo da Revolução, composta pelo general Artur da Costa e Silva, almirante Augusto Rademaker Grünewald e o brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo. O regime instaurado com o golpe de 1964 apresentava-se como uma intervenção militar de caráter provisório, que pretendia reinstaurar a ordem social e retomar o crescimento econômico, contendo o avanço do comunismo e da corrupção.
Após a renúncia de Jânio Quadros, os militares tentaram vetar a chegada do vice-presidente João Goulart ao posto presidencial. Tendo sérias desconfianças sobre a trajetória política de Jango, alguns membros das Forças Armadas alegavam que a passagem do cargo colocava em risco a segurança nacional. De fato, vários grupos políticos conservadores associavam o então vice-presidente à ameaçadora hipótese de instalação do comunismo no Brasil.

            Com isso, diversas autoridades militares ofereceram uma carta ao Congresso Nacional reivindicando a extensão do mandato de Ranieiri Mazzilli, presidente da Câmara que assumiu o poder enquanto Jango estava em viagem à China. Inicialmente, esses militares se manifestavam a favor da realização de novas eleições para que a possibilidade de ascensão de Jango fosse completamente vetada. No entanto, outros políticos e militares, como o Marechal Lott, eram a favor do cumprimento das regras políticas.

            Foi nesse contexto que várias figuras políticas da época organizaram a chamada “Campanha da Legalidade”, em que utilizavam os meios de comunicação para obter apoio à posse de João Goulart. Entre outros políticos destacamos Leonel Brizola, cunhado do vice-presidente, que participou efetivamente do movimento. Paralelamente, sabendo das pressões que o cercavam, Jango estendeu sua viagem realizando uma visita estratégica aos EUA, como sinal de sua proximidade ao bloco capitalista.

            Com a possibilidade do golpe militar enfraquecida por essas duas ações, o Congresso Nacional aprovou arbitrariamente a mudança do regime político nacional para o parlamentarismo. Dessa maneira, os conservadores buscavam limitar significativamente as ações do Poder Executivo e, consequentemente, diminuir os poderes dados para Jango. Foi dessa forma que, em 7 de setembro de 1961, João Goulart assumiu a vaga deixada por Jânio Quadros.

            A instalação do parlamentarismo fez com que João Goulart não tivesse meios para aprovar suas propostas políticas. Mesmo assim, elaborou um plano de governo voltado para três pontos fundamentais: o desenvolvimento econômico, o combate à inflação e a diminuição do déficit público. No entanto, o regime parlamentarista impedia que as questões nacionais fossem resolvidas por meio de uma consistente coalizão política.

            O insucesso do parlamentarismo acabou forçando a antecipação do plebiscito que decidiria qual sistema político seria adotado no país. Em 1963, a população brasileira apoiou o retorno do sistema presidencialista, o que acabou dando maiores poderes para João Goulart. Com a volta do antigo sistema, João Goulart defendeu a realização de reformas que poderiam promover a distribuição de renda por meio das chamadas Reformas de Base.

            Em março de 1964, o presidente organizou um grande comício na Central do Brasil (Rio de Janeiro), no qual defendeu a urgência dessas reformas políticas. Nesse evento, foi presenciada a manifestação de representações e movimentos populares que apoiavam incondicionalmente a proposta presidencial. Entre outras entidades aliadas de Jango, estavam a União Nacional dos Estudantes (UNE), as Ligas Camponesas (defensoras da Reforma Agrária) e o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).

            O conjunto de ações oferecidas por João Goulart desprestigiava claramente os interesses dos grandes proprietários, o grande empresariado e as classes médias. Com isso, membros das Forças Armadas, com o apoio das elites nacionais e o apoio estratégico norte-americano, começaram a arquitetar o golpe contra João Goulart. Ao mesmo tempo, os grupos conservadores realizaram um grande protesto público com a realização da “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.

            A tensão política causada por manifestações de caráter tão antagônico foi seguida pela rebelião de militares que apoiavam o golpe imediato. Sob a liderança do general Olympio de Mourão filho, tropas de Juiz de Fora (MG) marcharam para o Rio de Janeiro com o claro objetivo de realizar a deposição de Jango. Logo em seguida, outras unidades militares e os principais governadores estaduais do Brasil endossaram o golpe militar.

            Dessa maneira, o presidente voltou para o Rio Grande do Sul tentando mobilizar forças políticas que poderiam deter a ameaça golpista. Entretanto, a eficácia do plano engendrado pelos militares acabou aniquilando qualquer possibilidade de reação por parte de João Goulart. No dia 4 de abril de 1964, o Senado Federal anunciou a vacância do posto presidencial e a posse provisória de Rainieri Mazzilli como presidente da República. Foram dados os primeiros passos para a ditadura militar no Brasil.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Expansão Socialista no Pós-Guerra , Bruno


A Expansão do socialismo

Com o fim da Segunda Guerra mundial, novos países passaram a adoptar sistemas socialistas. 8 Países europeus se tornaram socialistas. A China realizou sua revolução e no início da década de 1960, Cuba se tornou o 1º país latino-americano a aderir o bloco liderado pela URSS, que superou a devastação provocada pela guerra, mantendo os mesmos princípios anteriores a 1939. Não houve ruptura no campo político e social. Apenas a partir de 1953, com a morte de Estaline haveria alterações. Em 1956, então secretário-geral do partido comunista, fez veementes ataques o Estaline em relatório lido no 20 º congresso. A crítica estimulou a abertura política.

Guerra na Coreia

A guerra da Coréia se iniciou em 25 de junho de 1950 e terminou em 27 de julho de 1953. Os Estados Unidos e a União Soviética eram ex-aliadas e a guerra da Coréia aconteceu devido o conflito entre eles. A Coréia é dividida pelo paralelo 38 que é usada para demarcar os territórios dos dois exércitos. A Coréia do norte era comunista liderada pela União Soviética e a Coréia do sul era capitalista liderada pelos Estados Unidos.

Em 03 de julho de 1950, depois de várias tentativas para derrubar o governo do sul, a Coréia do norte ataca de surpresa a capital. O governo do sul por sua vez enviam tropas comandadas pelo general Douglas McArthur para que a Coréia do sul retire os invasores do seu território. Em setembro o governo do sul começa a atacar o exército norte-coreano a fim de conquistar a costa oeste ocupada por eles. Os norte-coreanos foram vencidos e três meses após o conflito Seul, capital da Coréia do Sul foi desocupada. Em outubro, as forças internacionais violam o paralelo 38 e atacam a Coréia do norte.

A capital norte-coreana é invadida pelo exército sul-coreano e pelas tropas americanas aproximando-se da China. A China por sua vez, temerosa por uma invasão mandou tropas para ajudar a Coréia do norte. O general Douglas McArthur insistiu em uma invasão à China e por isso foi substituído pelo general Ridway em abril de 1951. Em 23 de junho de 1953 iniciou-se o processo de negociações pela paz que durou dois anos. As negociações resultaram num acordo assinado em Panmujon em 27 de julho de 1953. Foi então que o conflito terminou, mas o tratado de paz até hoje não foi assinado e a Coréia continua dividida em norte e sul.

Foram cerca de três milhões e meio de mortos na guerra da Coréia e outros milhares presos amontoados em campos de concentração.

20° Congresso do PCUS

O XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS) teve lugar entre 14 e 26 de fevereiro de 1956. Na ocasião, o secretário do Partido, Nikita Khrushchov, com seu célebre discurso secreto, denunciou as violências, os expurgos e as limitações à liberdade impostas pelo regime de Stalin, seu predecessor.
Durante a sessão a portas fechadas, no último dia do congresso, Kruschev criticou asperamente a política stalinista, denunciando o culto de personalidade e uma série de crimes cometidos por ele e seus colaboradores.
O discurso chocou os delegados presentes, que depois de anos de propaganda estavam convencidos da grandeza de Stalin. Após um longo debate, o discurso veio a se tornar público no mês seguinte mas o relatório completo, no qual se baseou, só foi publicado em 1989.
 
Guerra do Vietnã

A Guerra do Vietnã foi o mais longo conflito militar que ocorreu depois da II Guerra Mundial. Estendeu-se essa guerra em dois períodos distintos. No primeiro deles, as forças nacionalistas vietnamitas, sob orientação do Viet-minh (a liga vietnamita), lutaram contra os colonialistas franceses, entre 1946 a 1954. No segundo, uma frente de nacionalistas e comunistas - o Vietcong - enfrentaram as tropas de intervenção norte-americanas, entre 1964 e 1975. Com um pequeno intervalo entre os finais dos anos 50 e início dos 60, a guerra durou quase 20 anos.



Brasil Republicano (1974-1985), Tayná Gonçalves

Brasil Republicano (1974-1985)
Nesse período foi caracterizado pela falta de democracia, supressão de direitos constitucionais, censura perseguição política e repressão aos que eram contra o regime militar.
Inicio da crise do regime militar

GOVERNO GEISEL (1974-1979)

Ficha de Ernesto Geisel
Nome :  Ernesto Geisel
Data de Nascimento:  3 de Agosto de 1907
Local de Nascimento:  Bento Gonçalves (RS)
Data da Morte:  12 de Setembro de 1996
Local da Morte:  Rio de Janeiro (RJ)
Partido:  Político: ARENA
Profissão:  Militar

Mandato de Ernesto Geisel
Início do mandato: 15 de Março de 1974
Fim do mandato: 15 de Março de 1979
Tempo de mandato: 5 anos
Vice-Presidente: Adalberto Pereira dos Santos
Precedido por: Garrastazu Médici
Sucedido por: João Figueiredo

Em 1974 assume a presidência o general Ernesto Geisel que começa uma transição rumo à democracia.
Em 1978, Geisel acaba com o AI-5, restaura o habeas-corpus e abre caminho para a volta da democracia no Brasil.


GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985)

Ficha de Figueiredo
Nome completo:  João Baptista de Oliveira Figueiredo
Data de Nascimento:  15 de Janeiro de 1918
Local de Nascimento:  Rio de Janeiro (RJ)
Data da Morte:  24 de Dezembro de 1999
Local da Morte:  Rio de Janeiro (RJ)
Partido:  Político: ARENA
Profissão:  Militar

Mandato de Figueiredo
Início do mandato: 15 de Março de 1979
Fim do mandato: 15 de Março de 1985
Tempo de mandato: 6 anos
Vice-Presidente: Aureliano Chaves
Precedido por: Ernesto Geisel
Sucedido por: Tancredo Neves

Em 1979, o governo aprova lei que restabelece o pluripartidarismo no país. Os partidos voltam a funcionar dentro da normalidade. Outros partidos são criados, como: Partido dos Trabalhadores ( PT ) e o Partido Democrático Trabalhista ( PDT ).




A Revolução Cubana. Xandão :D



        O século XIX assistiu a um aumento populacional muito grande por parte de imigrantes (africanos e europeus), abolição da escravatura (1886) dando origem ao trabalho assalariado, concentração fundiária, aperfeiçoamento tecnológicos dos transportes e da produção, tudo contribuindo para o aumento da produção e da exportação do açúcar - tornando-se o “o engenho do açúcar”, como parte das novas exigências impostas pela divisão internacional do trabalho.  Entretanto, para Cuba se tornar um grande país exportador, foi obrigado a romper com o pacto colonial que começou a ficar frouxo desde 1818, com a permissão da Espanha de Cuba vender seu açúcar diretamente para os EUA.

           

            A primeira guerra de independência explodiu em 1868, conhecida como Guerra dos Dez Anos, que foi liderada pela burguesia açucareira.  Mas tal liderança não adiantou para que grupos populares assumissem o comando, reivindicando a imediata abolição dos escravos, e o controle político-militar.  Assim, a Espanha foi obrigada a agir de forma mais drástica com a ajuda da burguesia local afim de esmagar a luta pela emancipação.



            A evolução econômica de Cuba se prosseguiu, fazendo com que se estreitasse ainda mais as relações comerciais com os EUA.  Estes investiram muito nas indústrias de açucares locais (Cuba), e ainda comprava cerca de 60% de todos os produtos cubanos exportados.



            Contudo, os interesses americanos por Cuba eram, também, de origem militar, a fim de uma melhor defesa da Flórida e controle do Caribe.  É bom relacionar, que muitas propostas para a compra da ilha foram feitas para a Espanha, sem nenhum sucesso.



            Esses interesses fizeram com que os EUA prejudicassem a Segunda Guerra de Independência (1895-1898) em que os cubanos protestavam contra o mantimento físico-financeiro das tropas espanholas na ilha, além do pagamento das despesas da  guerra antecedente a esta; a burguesia enfrentava dificuldades com a má safra de 1894; os comerciantes de tabaco estavam descontentes com a política alfandegária de Cuba; o desemprego crescia com a crise econômica.  Esta segunda guerra foi dirigida pelo General Antônio Maceo e pelo poeta José Marti, segundo os anseios nacionalistas e reformistas da pequena burguesia, com o apoio da população antiespanhola que preocupava os EUA e a Espanha, utilizando guerrilhas como forma de resistência.



            Os EUA, como os “eternos defensores da democracia”, começaram a divulgar nos seus jornais, o massacre espanhol sobre os cubanos, preparando a situação local para a invasão que aconteceu em 1998, com a morte de 297 marinheiros ianques na explosão do couraçado Maine, onde os EUA, começaram a Guerra Hispano-Americano.  Esta guerra rápida demonstrou a maior supremacia americana sobre a Espanha, que foi obrigada a aceitar os Tratado de Paris que transferia a posse da ilha para os EUA (1898-1902).



             Nesses 4 anos de ocupação militar, a Assembléia Constituinte, reunida em Havana, teve que acrescentar na Constituição aprovada uma lei do Congresso dos EUA: a Emenda Platt, segundo os princípios do senador Hitchcock Platt (1901):

1.Que o governo de Cuba nunca deverá ingressar em qualquer tratado ou outro pacto estabelecido com qualquer potência estrangeira

2.Que o governo de Cuba permita que os Estados Unidos exerçam direito de intervir no sentido de preservar a independência cubana, manter a formação de um governo adequado para proteção da vida, propriedade e liberdade individual

                    3.Que todos os decretos dos Estados Unidos em Cuba durante sua ocupação militar sejam ratificados e validados

                        4.Que, a fim de auxiliar os Estados Unidos a sustentar a independência cubana o governo de Cuba deverá vender ou alugar terras aos Estados Unidos necessárias para a extração de carvão para linhas férreas ou bases navais em certos locais especificados de acordo com o Presidente dos Estados Unidos



            Só então, após a emenda, os EUA deixaram ilha.  Mas o domínio americano continuou graças a política do Big Stick, implementada pelo presidente Theodore Roosevelt, visando assegurar a produção açucareira cubana.  Dessa forma, a industrialização cubana foi brecada, além dos EUA passarem a dominar os serviços públicos, da destilação do petróleo, da mineração e dos bancos, repartindo com o capital cubanos a produção de açúcar a criação do gado e  turismo.





República Mediatizada (1902-1959).



            A expressão acima se refere a analogia feita pelos cubanos, quando estes não eram senhores de seus destinos.  O regime republicano teve origem com Tomás Estrada Palma (1902-1906) que articulou a intervenção de 1898, e impediu a subida ao poder de um democrata cubano.  Neste governo, a base naval de Guantánamo foi arrendada pelos EUA, pelo período de 99 anos, além de concluir o Tratado Permanente entre Cuba e os EUA (1903).  Em 1906, Tomás solicitou uma nova intervenção americana, pois se via ameaçado na sua campanha eleitoral de 1906, fazendo com que Cuba ficasse invadida por 3 anos.



            A base de sustentação de Tomás, e de toda estrutura desta república, teve grande apoio das oligarquias e elites locais que queriam se manter no poder desde o período colonial, impedindo a ascensão das massas populares - boicotaram a Guerra dos Dez Anos e paralizaram os movimentos democráticos-nacionalistas  na Segunda Guerra de Independência.



            Devido a sucessão de governos ditatoriais pró-EUA (neo-colonialismo), além da ajuda da elite local a estes, fizeram com que grande parte da população começassem a se organizar para democratizar, nacionalizar e varrer a elite local do país.  Em 1933, estas pessoas conseguiram derrubar a ditadura do General Gerardo Machado (1925-1933) e a de seu vice, assumindo o Dr. Ramón Grau San Marti indicado pelo embaixador dos EUA e pelos P.C. local.  Este realizou diversas reformas, como a revogação da Emenda Platt, a criação do Ministério do Trabalho, o direito de votos às mulheres, a autonomia universitária etc.  Neste período surge a imagem de Fulgêncio Batista como líder do movimento popular de 1933, que logo mais tarde a passará a ser um testa de ferro dos EUA.



          Volto a citar que a década de 30 foi um período conturbado no mundo (Crack da Bolsa de N.Y.), onde os EUA tocravam a política do Big Stick, pela política da Boa Vizinhança, devido à ameaça do nazismo (Alemanha) e do militarismo (Japão).



            Depois de muitos testas de ferro dos EUA, foi convocada eleições para presidente da república, assumindo o então secreto testa de ferro de Roosevelt, o presidente Fulgêncio Batista.  Já em 1944, volta ao poder o presidente Ramón Grau San Marti e, em 1948, Carlos Prio Sócrates - ambos os governos foram marcados pela corrupção e violência.



             Com tudo isso, membros da pequena burguesia (reunidas num partido Ortdoxo) começaram a articular uma oposição ao governo.  Mas poucos meses antes das eleições de 1952, Fulgêncio (agora coronel) dá um golpe militar e assume o poder com o apoio dos EUA.

              
              Esta ditadura se caracterizou pela violência e repressão, os opositores foram perseguidos, Havana se tornou num importante campo de máfia norte-americano, que desenvolveu a exploração do jogo, do tráfico de drogas e da prostituição.

              
              Pouco tempo depois, o jovem advogado Fidel Castro, mandou uma petição para o Poder Judiciário, onde condenava as atitudes de Fulgêncio, segundo a Constituição.  Acontece que o Poder Judiciário perde os seus poderes durante uma ditadura, assim Fulgêncio não foi condenado e ficava claro que não existia recurssos legais para tirá-lo do poder.

       
Se gostaram do meu trabalho e querem saber um pouco mais sobre esse incrivel fato histórico que foi a Revolução Cubana assistam Diarios de Motocicleta pois é um filme empolgante que vai contar um pouco mais vivazmente desta marca na história que foi esta revolução.